O Egito requereu oficialmente a extradição do dono de uma ourivesaria do Cairo detido, em maio, em Lisboa. Condenado à revelia por se ter apoderado de mais de 32 quilos de ouro e diamantes de 18 clientes, Michael Makkary, 31 anos, garante que foi sujeito a um julgamento injusto e vai opor-se ao regresso ao país natal.
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“Estamos a preparar uma petição de oposição à extradição, visando a recusa por parte da Justiça portuguesa. E caso a decisão seja negativa apresentaremos recurso ao Supremo Tribunal de Justiça”, refere o advogado Eduardo Maurício.
O defensor do egípcio assegura que Michael Makkary “não cometeu nenhum crime e é presumível inocente até o trânsito em julgado”. “Não existem garantias de um julgamento justo no Egito, tanto que o meu cliente foi condenado sem nunca ter sido notificado de um ato processual, não participou no julgamento e não tem conhecimento sequer dos fatos que lhe são imputados, o que demonstra cerceamento de defesa e afronta ao princípio da ampla defesa”, acrescenta.