Um homem de nacionalidade alemã e o filho, de três anos, foram encontrados mortos, este domingo, na serra de Grândola. As autoridades acreditam que o pai matou a criança e se suicidou. Recordamos, de seguida, outros casos semelhantes.
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Mirandela - 6 de julho de 2020
Uma mulher, de 51 anos, matou o filho de 17 anos, autista, atirando-o a um poço, em Mirandela. Fátima da Conceição terá drogado o filho, Eduardo José, e atirou-o a um poço com três metros de profundidade, numa propriedade agrícola, em Cabanelas. A mulher terá tentado suicidar-se no mesmo poço. Foi condenada em outubro a 10 anos de prisão.
Guarda - 12 de setembro 2017
Um menino, de 11 anos, foi asfixiado pela mãe, Ilda Gonçalves, com um cachecol, no interior da sua residência, na aldeia de Sortelhão, na freguesia de Santana de Azinha, na Guarda. A mulher, que sofre de Síndrome Depressivo Grave com Sintomatologia Psicótica, ainda tentou suicidar-se, ingerindo comprimidos, mas sobreviveu. Disse em tribunal que "ouvia vozes". Na leitura da sentença o coletivo de juízes considerou que "agiu de forma livre, deliberada e consciente, com o propósito concretizado de matar".
Barcelos - 17 de junho 2016
Susana Pereira, de 37 anos, atirou-se com o filho de seis anos ao colo da ponte de Santa Eugénia, sobre o rio Cávado, em Barcelos. A mãe foi retirada do rio com vida, ainda que inconsciente, por um morador, que tinha um pequeno barco. Foi depois condenada a 10 anos de prisão e internada numa unidade hospitalar por se encontrar num estado de depressão grave. Após recurso, a sentença transitou em julgado no ano passado.
Caxias - 15 de fevereiro 2016
Sónia Lima, à época com 38 anos, parou o carro junto à praia, em Caxias, cerca das 21 horas do dia 15, e entrou no mar com as duas filhas, de 19 meses e quatro anos, ao colo. As meninas morreram afogadas e ela sobreviveu. O corpo da filha mais velha só foi encontrado sete dias depois. "Não havia forma de elas se defenderem", disse Anabela Ferreira, juíza-presidente do Tribunal de Cascais, durante a leitura da sentença. Sónia Lima foi condenada a 25 anos de prisão.
Madeira - Janeiro 2016
Uma mulher, de 53 anos, matou o filho, de 11 anos, e suicidou-se de seguida, em Lombo de São João, na Ponta do Sol, Madeira. O alerta foi dado pela filha, que encontrou a mãe e o irmão já sem vida. A mãe envenenou o filho com pesticida, suicidando-se depois. A homicida encontrava-se num estado de depressão, alegadamente devido à doença de que padecia e estava em fase terminal. O marido e pai da criança, também se havia suicidado, dois anos antes, por motivo idêntico.
Oeiras - 8 de abril 2015
Um homem, de 34 anos, matou o filho, de seis meses, com uma facada no tórax, em Linda-a-Velha, Oeiras. Foi condenado à pena máxima, 25 anos de prisão. O individuo terá agido em retaliação contra a ex-companheira, após esta lhe ter anunciado a intenção de pôr um fim à relação. Foi condenado por homicídio qualificado, explosão e incêndio na forma tentada, profanação de cadáver na forma tentada e consumo de droga.
Bragança - 9 fevereiro 2013
Uma professora de Matemática, de 47 anos, atirou o filho, de 12 anos, autista, da janela do quarto andar do Hotel Ibis, em Bragança, e suicidou-se atirando-se também da janela. Deixou bilhetes a explicar o ato. A docente, Maria Paçô, que estaria a braços com uma depressão, exercia funções diretivas na Associação Leque - Associação Transmontana de Pais e Amigos de Crianças com Necessidades Especiais.
Oeiras - 25 janeiro 2013
Eliana Gonçalves, uma professora de 40 anos, matou os dois filhos, de 12 e 13 anos, dando-lhes a beber sumo de frutas onde dissolvera uma grande dose de calmantes. As crianças terão morrido durante o sono e foram encontradas por um morador, três dias depois, no interior de um carro. A mãe, que havia perdido a guarda das crianças, por violência física e psicológica sobre eles, também se suicidou.
Avintes - Outubro de 2009
Uma mulher, de 40 anos, atirou-se com o filho, de seis anos, ao rio Douro, em Avintes, Gaia. A criança morreu. Referiu, em tribunal, que já não aguentava ver o filho em sofrimento, mas nega que o tenha atirado à água.
Viseu - Setembro 2007
Uma mulher de 36 anos, economista, matou os dois filhos menores e suicidou-se, em Santiago, na freguesia de S. José, Viseu. Dois corpos (mãe e filha, de 11 anos) estavam no quarto do casal e o terceiro cadáver, de um menino de oito anos, encontrava-se noutra divisão da casa. Os menores foram decapitados com uma faca elétrica de cozinha.
Ovar - Janeiro 2006
Uma médica reformada, de 50 anos, matou a filha, de 14, com um tiro de revolver no peito e suicidou-se com três tiros. Nunca foi encontrada uma explicação para o sucedido, embora se tenha falado numa depressão da homicida.
Algarve - setembro 2004
Joana Cipriano tinha oito anos quando, no dia 12 de setembro de 2004, desapareceu de casa da mãe, na aldeia de Figueira, em Portimão. Sem nunca ter sido encontrado o corpo, a PJ deteve a mãe, Leonor Cipriano, e o irmão, João Cipriano (tio da menina). Foram condenados a 16 anos e oito meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Saíram em liberdade no ano passado.
Matosinhos - 2010
João Cerqueira Pinto, de 45 anos, divorciado, matou a filha de sete anos, na sua residência, em São Mamede de Infesta, Matosinhos. Após ter ido buscar a menina à escola, foi lanchar com ela e levou-a para jantar em casa. No sofá, usou o cinto de um robe para a asfixiar. Saiu de casa e telefonou à ex-mulher, contando o que fizera. Condenado a 16 anos de cadeia, enforcou-se na cela em 2010.