Padre e "freiras" condenados a prisão por escravizarem noviças poderão não cumprir cadeia
Condenados a penas entre 12 e 17 anos de prisão por escravidão de noviças em "convento" de Famalicão deverão ver crimes atenuados ou extintos.
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Os nove crimes de escravidão pelos quais três “freiras” e um padre do “convento” de Requião, em Famalicão, foram condenados a penas de prisão entre 12 e 17 anos poderão vir a ser requalificados e atenuados pelo Tribunal da Relação de Guimarães para crimes cuja pena admite suspensão por não ultrapassar os cinco anos de cadeia.
Os juízes dão como praticamente certo que o rol de castigos, penitências e trabalhos a que noviças da Fraternidade Cristo Jovem foram sujeitas durante anos configuram apenas crimes de maus-tratos, ofensas à integridade física simples e injúrias. Como os dois últimos dependem de queixa ou acusação particular, que não existirão, restará o de maus-tratos punido no Código Penal com prisão entre um e cinco anos.