Estava farta de ter de cuidar do marido acamado por padecer de uma grave insuficiência renal. Contratou um primo por 10 mil euros para estrangular a vítima. A morte não levantou suspeitas. Só sete meses depois, após o homicida se ter gabado do crime em cafés, é o corpo foi exumado e os dois cúmplices detidos pela PJ.
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O caso aconteceu na Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, nos Açores. A mulher, de 45 anos, camareira de profissão, sentia que o marido era “um peso”. Acamado, o homem, de 54 anos, precisava de muitos cuidados e tinha que se deslocar várias vezes por semana à Ilha da Graciosa para realizar tratamentos de hemodiálise, acarretando despesas e obrigações.
Para acabar com "o peso", a mulher contratou o primo, um desempregado de 37 anos com problemas de alcoolismo, a quem prometeu o dinheiro. A 16 de agosto, o executante foi a casa do familiares e, com a força dos braços, estrangulou a vítima na cama.
A primeira inspeção das autoridades não detetou nada de suspeito. Nem a PSP, nem o delegado de saúde acharam por bem realizar uma autópsia pelo que a vítima foi enterrada no cemitério local. A viúva e o primo assistiram ao funeral, onde ninguém desconfiava do crime.