Pai condenado a dez anos de prisão por violar filha. Jovem sofria de depressão
Violou a filha de 17 anos depressiva, “usando-a como objeto de realização dos seus desejos sexuais”, ignorando o sofrimento que lhe causavam tais comportamentos. Condenado a dez anos de prisão, o pai, estofador de profissão e com 42 anos, recorreu da pena, mas perdeu o recurso no Supremo Tribunal de Justiça.
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A menor vivia com a mãe desde novembro de 2009. Mas, a partir da primeira quinzena de março de 2020, por acordo entre os progenitores e a criança, esta passou a residir com o pai. Desde essa data e até ao início de agosto, por várias vezes, o progenitor encostava os órgãos genitais às nádegas da menor, pedia-lhe que sentasse no seu colo ou então deitava-se na cama com ela. A adolescente, que tinha uma namorada, chegou a dizer ao pai que se sentia desconfortável; ele acusava-a de ser fria e rejeitar o carinho que lhe queria dar. “Sabes que eu agora estou solitário”, disse-lhe, em junho, levando a filha, que sofria há anos de uma perturbação depressiva, a afastar-se e a repreendê-lo.
Mas o homem repetiria os mesmos comportamentos. “Sabes que os homens têm necessidades e eu não toco numa mulher há quatro anos. Se não as satisfizer, vou flipar!”, afirmou-lhe, uma ocasião em que ambos se levantaram da cama e começaram a discutir. Mas o pai convenceu-a a deitar-se novamente. “Tu é que me provocaste quando te ensinei a conduzir”, atirou-lhe.