Alfredo Silva, o pai de Mónica Silva, a grávida desaparecida da Murtosa, afirmou, no julgamento do homicídio da filha, nesta quarta-feira, em Aveiro, saber que o pai do bebé era Fernando Valente, que está a ser julgado por homicídio.
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Alfredo Silva disse, durante a manhã, recordar-se que, na noite do desaparecimento de Mónica, a sua esposa tinha ligado a Mónica, lembrando-se, estar tudo muito silencioso do lado de lá, tendo a filha dito para não preocuparem, por estar tudo bem com ela.
Apesar de não conhecer Fernando Valente, o pai da vítima disse conhecer bem o seu pai, por "Manel Gaiolas", assim como a mãe, "Rosa Florista", dizendo ter achado normal a filha estar grávida de Fernando Valente. Segundo ele, Mónica andava muito feliz por estar grávida e por ter voltado a estudar, não conhecendo mais ninguém que tivesse interesse em fazer desaparecer Mónica ou lhe quisesse fazer mal.
Alfredo revelou ter conhecimento que o pai do bebé era Fernando Valente, através da sua esposa, com a indicação de Mónica para não revelar esse segredo a mais ninguém, já que Fernando Valente não queria que se soubesse.
Fernando Valente, de 37 anos, está a ser julgado por alegadamente ter assassinado Mónica Silva, quatro dias depois de saber que ela estava grávida e seria pai, segundo a acusação do MP. No primeiro dia do julgamento, na segunda-feira, o suspeito voltou a negar ser o pai e qualquer envolvimento no desaparecimento de Mónica.