Ministério Público de Braga já está a ouvir progenitores de jovens futebolistas resgatados em operação do SEF.
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"Nem o meu filho nem nenhum dos quatro outros jovens colombianos que estavam na academia Bsports sofreu quaisquer maus-tratos, nem outra restrição ilegal como sequestro ou retenção de passaporte". César Ferro, empresário de Bogotá, esteve a ser ouvido esta quinta-feira no Ministério Público (MP), em Braga, no âmbito do inquérito aberto à escola de futebolistas dirigida pelo ex-presidente da Assembleia Geral da Liga de Portugal Mário Costa. O dirigente, que já se demitiu, é arguido por suspeita de crime de tráfico de seres humanos, no caso, jovens à procura de um futuro no futebol, alguns deles menores
"Disse ao procurador que é pena que se encerre uma estrutura que só beneficia o futebol português e ajuda os rapazes de muitos outros países a realizarem o sonho de ser futebolistas", afirmou ao JN César Ferro. O MP estará a ouvir outros progenitores. Um deles foi uma mulher de El Salvador, mãe de outro jovem que estava na academia, em Riba de Ave, Famalicão, alvo de uma ação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) que dali retirou 114 rapazes.