Pai do suspeito de matar grávida da Murtosa esclarece contradições no depoimento
Manuel Valente, o pai do arguido acusado de assassinar a grávida desaparecida da Murtosa, há um ano e meio, está a esclarecer, esta quinta-feira à tarde, as contradições apontadas pelo Ministério Público entre as declarações feitas de manhã e aquelas que prestou anteriormente à PJ.
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Os procuradores do Ministério Público entendem haver grandes discrepâncias entre o que disse Manuel Marques Valente, nas instalações da PJ de Aveiro e na sessão desta manhã do julgamento, segundo anunciou o advogado António Falé de Carvalho.
O causídico, que representa a família da vítima, Mónica Silva, explicou aos jornalistas que a demora das diligências, já durante esta quinta-feira, se está a dever à confrontação das declarações anteriores com as atuais. "Há coisas que o senhor Manuel Valente afirmou à Polícia Judiciária em Aveiro que são muito diferentes daquilo que está hoje a dizer, pelo que tem de se esclarecer tudo, este é o local e o momento certo", disse o advogado.
Manuel Valente disse anteriormente ter pernoitado no seu apartamento na Torreira com a esposa, Rosa Cruz (a testemunha que será ouvida logo a seguir), mais o filho do casal, o arguido Fernando Valente, na noite em que Mónica Silva desapareceu.
Segundo António Falé de Carvalho, apesar de manter a mesma versão, Manuel Valente estará já a divergir em alguns pormenores importantes do que se passou nas horas anteriores e depois do desaparecimento da grávida da Murtosa.
Ainda com base nas informações do causídico, um dos aspetos mais importantes a esclarecer, em relação às contradições, tem a ver com o tipo de limpeza feita no apartamento da Torreira onde a PJ e MP acreditam que Mónica Silva foi assassinada.