O Tribunal de Gaia condenou, esta quarta-feira, Manuel Ribeiro, de 54 anos, e a filha Barbara, de 30, a penas de prisão que, no caso do pai, já com multiplos antecedentes crminais, sera efetiva. Manuel vai preso dois anos e meio e a filha foi punida com uma pena, suspensa, de um ano e meio.
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O caso remonta a 2016, altura em que Bárbara fez amizade com um recluso. Multiplicaram-se as visitas à cadeia e decidiram casar. Bárbara pediu o cartão de cidadão ao recluso, para tratar "da papelada" do casamento, e Hugo Carneiro nunca mais os viu. Nem o seu documento nem a noiva. As noticias começaram a chegar, pouco depois, através das Finanças. Eram notificações de falta de pagamento de impostos, relativos a diversas vendas de automóveis.
Foi quando perceberam que pai e filha, ligados ao negocio de veículos, tinham gisado um plano que acabaria por deixar a vitima de coração destroçado e com milhares de euros de dividas à Autoridade Tributária e Aduaneira.
Acusados de 11 crimes de falsificação e um de burla, o tribunal absolveu-os do último, mas considerou provada a restante acusação. Manuel Ribeiro vai preso dois anos e meio, porque já tem um vasto cadastro por crimes idênticos. Quanto à filha, também com condenações, mas posteriores a este caso, foi encarada como "primária", pelo que foi condenada a pena suspensa, de ano e meio.
Os dois terão ainda de pagar um total de sete mil euros a Hugo, que, entretanto, já saiu da cadeia e refez a vida.