A Polícia Judiciária deteve no norte do país Diego Marín, considerado como o maior contrabandista da Colômbia. O criminoso, de 62 anos, fora detido em abril, em Espanha, mas escapou antes da extradição. É o cabecilha de uma gigantesca rede de contrabando de artigos produzidos na China.
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A partir da Europa, Diego Marín liderava a mais importante estrutura contrabandista da Colômbia, responsável por 80% de todas as mercadoria ilícitas que chegam por via marítima àquele país. Segundo a imprensa colombiana, "Papá Pitufo", como era conhecido, despachava semanalmente cerca 30 contentores com produtos têxteis, calçado, cigarros, peças automóveis e outros produtos oriundos principalmente da Ásia.
Estima-se que lucraria perto de dois milhões de euros anuais com este esquema de criminalidade altamente organizada que controlava vários funcionário públicos e responsáveis policiais para garantir a entrada sem problemas das mercadorias.
É também suspeito de ser um dos principais veículos de lavagem de dinheiro dos narcotraficantes colombianos. "É a maneira como a cocaína exportada se converte em pesos colombianos", entrando em portos "quase que com selo oficial", atacou o presidente colombiano Gustavo Petro.
Presidente anunciou a sua detenção em abril
Era um dos criminosos mais procurados da Colômbia, tendo o próprio presidente anunciado a sua detenção, em abril, na localidade de Valência, Espanha. Gustavo Petro agradeceu ao primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez pela colaboração na "maior operação contra contrabando colombiano".
Porém, um juiz de instrução criminal espanhol deixou-o em liberdade a aguardar o desenrolar do processo de extradição, apenas lhe retirando o passaporte. Algo que o presidente colombiano considerou como "lamentável". "Papá Pitufo" estava proibido de sair do país, mas não tardou muito até cruzar a fronteira para Portugal.
Detido no norte do país
Diego Marín foi agora detido pela Unidade de Informação Criminal da PJ, em colaboração com o Corpo Nacional de Polícia de Espanha, "depois de demorado e meticuloso trabalho de investigação", ao abrigo de um mandado de detenção internacional emitido pelas autoridades colombianas.
Irá ser apresentado ao Tribunal da Relação do Porto, para aplicação de medida de coação.