Passividade dos seguranças permitiu “clima de medo” na assembleia geral do F. C. Porto
O antigo líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, e os elementos do grupo que arregimentou gozaram de total liberdade para aceder irregularmente à assembleia geral do F. C. Porto que, em novembro do ano passado, terminou com agressões a apoiantes de André Villas-Boas.
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Alguns deles entraram no local da reunião apenas com um número de sócio apontado num papel e outros receberam pulseiras diretamente da mão de Hugo Carneiro, conhecido por “Polaco”, perante o olhar “subjugado” de um vigilante contratado pelo clube. Houve ainda quem entrasse por uma porta aberta furtivamente.
A descrição é feita pela procuradora Graça Ferreira, na acusação que imputa a 12 arguidos, entre os quais o casal Madureira, 31 crimes praticados na referida assembleia geral. Estes factos dão força à suspeita do Ministério Público de que alguns dos então dirigentes e administradores do F. C. Porto tenham colaborado com Fernando Madureira no “plano orquestrado” para criar um “clima de intimidação e medo”.