Pedro Dias negou ter roubado as matrículas de uma viatura estacionada em São Pedro do Sul, em 2012.
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"Não sei como as matrículas do carro foram parar à cavalariça" da quinta dos pais em Arouca, em novembro de 2014, afirmou, esta sexta-feira, no Tribunal de S. Pedro do Sul, onde está a ser julgado.
Segundo o proprietário do carro, o arguido foi falar com ele para que fosse retirada a queixa, o que recusou.
Nas alegações finais, o Ministério Público disse não ter dúvidas de que o crime foi praticado, mas pediu que Pedro Dias fosse condenado em pena de multa.
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Mónica Quintela, advogada do arguido diz só entender as alegações do Ministério Público "por qualquer contaminação provocada pela estigma que o arguido acarreta", afirmou. "Não tenho dúvidas de que se fosse outro cidadão, o MP pediria a absolvição", acrescentou, por entender de que não foi feita prova de que o arguido furtou as chapas de matrícula.
A leitura da sentença para este caso está marcada para dia 28, às 10 horas. Pedro Dias não vai assistir à leitura devido à longa viagem que tem de fazer de Monsanto, sendo representado pelos defensores.
Recorde-se que Pedro Dias, também conhecido por Piloto, é suspeito de ter assassinado a tiro um militar da GNR e um civil e de ter ferido com gravidade uma mulher e outro militar da GNR, a 11 de outubro, em Aguiar da Beira.
Durante um mês conseguiu fugir às autoridades, até que se entregou, em Arouca, com honras de transmissão televisiva. Está na prisão de Monsanto desde 11 de novembro.