Um ex-funcionário bancário acusado de ter desviado cerca de 240 mil euros das contas de clientes, durante cerca de dois anos, foi condenado, na tarde desta sexta-feira, pelo tribunal da Feira, a uma pena de cinco anos, com pena suspensa por igual período.
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O principal arguido estava acusado de um crime de burla qualificada, a que se juntavam 81 crimes de acesso ilegítimo, 48 de falsidade informática, 93 de falsificação documentos e dois de branqueamento.
Contudo, o juiz acabaria por condenar o arguido a apenas um crime por cada tipo legal, com o cúmulo jurídico de cinco anos de prisão, com pena suspensa por igual período.
Vai ter, ainda, que pagar no imediato seis mil euros para que se concretize a suspensão da pena e cerca de 213 mil euros de indemnização ao Montepio.
Respondiam neste processo outros três arguidos, uma mulher, que foi absolvida, e dois homens condenados a penas entre os dois e os quatro anos, com penas suspensa, por crimes de falsificação de documentos e branqueamento.
Um dos homens tem que pagar cerca de quatro mil euros para a efetivação da suspensão da pena e 93 mil euros ao Montepio. O outro arguido foi condenado a pagar 1500 euros.
De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2014 e 2016, quando o principal arguido trabalhava como caixa nos balcões da Caixa Económica Montepio Geral em Espinho e Gaia.
Ainda de acordo com o MP, o arguido apoderou-se de elevadas quantias monetárias depositadas nas contas bancárias dos clientes da ofendida, como contas à ordem, contas a prazo e fundos.
Esquema ilícito que foi possível por este ter acesso à consulta e movimentação das contas em causa.
O homem escolhia as contas que estavam sem movimentação por longos períodos de tempo, para que, desta forma, o banco ou titulares das contas não se apercebessem.