A mulher que, na sexta-feira, foi assaltada e amarrada na Mata do Choupal, frequenta aquele local há 20 anos. A vítima, uma professora de 52 anos, espera reaver o carro, no qual o assaltante fugiu e confessa, ao JN, ter temido pela vida.
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Foi por volta do meio dia, perto da Ponte dos Casais, à saída da Mata, que a mulher foi abordada por um homem por quem já tinha passado uns minutos antes, enquanto corria. “Tinha parado para fazer umas flexões. Ele agarrou em mim, atirou-me ao chão e apontou-me uma faca. Obrigou-me a andar para uma zona de vegetação mais densa e pediu-me o telemóvel e a chave do carro. Eu só pedia para ele não me fazer mal, que tenho duas filhas que precisam de mim”, revela ao JN.
Depois de ter a chave e o telemóvel, já com os códigos do MBWay, pegou na fita e amarrou-a nas mãos, pernas e boca. “Fiquei com falta de ar. Uma altura ele pegou-me ao colo e pensei que ele me ia atirar ao rio e me ia matar”, admite. Sobre o assaltante, a memória que tem é que tinha força e era de nacionalidade portuguesa.
“Há 20 anos que vou para ali correr. Costumo ir ao fim da tarde, mas, como estava bom tempo, fui de manhã. Parecia que aquele momento estava guardado para mim”, conta.
Escapou para a estrada
Depois de o homem se ter posto em fuga no carro, a vítima acabou por conseguir soltar as mãos de forma a conseguir mexer-se e foi-se deslocando, dentro dos movimentos possíveis, para a estrada, onde um condutor a viu e chamou a polícia. Ontem, ao final da tarde, ainda não tinha havido novidades por parte das autoridades.
“Os 400 euros já os dei por perdidos, só espero recuperar o meu carro”, afirma a professora.