Os militares da Unidade de Segurança e Honras de Estado da GNR, que prestam serviço no Ministério dos Negócios Estrangeiros, estão a braços com uma praga de percevejos nas camaratas do Quartel Conde de Lippe, na Ajuda, em Lisboa. Há registo de várias picadas, ainda que sem casos de guardas com problemas clínicos.
Corpo do artigo
Um militar da GNR, que pediu para não ser identificado por temer represálias, disse, ao JN, que a situação já foi reportada superiormente e que os vários quartos em causa foram alvo, no passado recente, de diversas desinfestações por parte de empresas especializadas. No entanto, nenhuma conseguiu resolver o problema.
“É uma infestação de percevejos que já foi, supostamente, tratada várias vezes, mas sempre sem solução. O essencial era trocar os colchões e os estrados”, afirmou a mesma fonte, referindo, de igual modo, que a praga tem “comprometido seriamente o descanso e bem-estar dos militares ali destacados”. Tem ainda, defende, posto em causa “não só a saúde como também a dignidade dos profissionais ao serviço do Estado.”
Questionada na quarta-feira sobre o assunto, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR não respondeu às questões do JN.
Os percevejos alimentam-se exclusivamente de sangue e atacam, geralmente, à noite. Comichão intensa, inchaço, pequenas bolhas e irritação ou reação alérgica leve são alguns dos sintomas mais comuns.