Ministério Público culpa juiz por atrasos no interrogatório. Conselho da Magistratura atira com "complexidade" da investigação.
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A Procuradoria-Geral da República (PGR), dirigida por Lucília Gago, e o Conselho Superior da Magistratura (CSM), liderado por Henrique Araújo, presidente do Supremo Tribunal de Justiça, atacaram-se ontem mutuamente ao tentar justificar as três semanas que o ex-autarca do Funchal Pedro Calado e os empresários Avelino Farinha e Custódio Correia estiveram detidos até serem libertados, na quarta-feira passada, pelo juiz Jorge Bernardes de Melo, por falta de indícios da prática de crimes.
Em comunicado, a PGR responsabilizou o magistrado do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, pelos atrasos nos interrogatórios, salientando que as procuradoras do processo chegaram a fazer uma “exposição” ao CSM.