Piloto do helicóptero que caiu ao Douro e onde morreram cinco GNR constituído arguido
O piloto do helicóptero que caiu ao rio Douro, na zona de Lamego, em agosto do ano passado, matando cinco elementos da GNR, foi constituído arguido por crimes de condução perigosa de meio de transporte por ar, água ou caminho de ferro e homicídio negligente. Está proibido de voar.
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Há cerca de 15 dias, a Polícia Judiciária realizou buscas na zona de Vila Real, para apreender documentos e diverso elementos probatórios que irão ser analisados no inquérito aberto pelo Departamento de Investigação a Ação Penal de Coimbra.
O acidente deu-se quando o helicóptero participava no combate a um incêndio rural em Gestaçô, Baião. Por motivos que a investigação está a tentar estabelecer, o hélio fez uma amaragem no Douro, próximo da localidade de Samodães, em Lamego. Na altura, o piloto e único sobrevivente, Luís Rebelo, declarou ter havido uma falha nos comandos, alegando ter ficado na impossibilidade de mudar a trajetória do meio aéreo.
Os cinco ocupantes do helicóptero que faleceram, António Pinto, Fábio Pereira, Tiago Pereira, Pedro Santos e Daniel Pereira, eram naturais de Lamego, Moimenta da Beira e Castro Daire, no distrito de Viseu, e tinham entre 29 e 45 anos.
“O piloto da aeronave, de 46 anos, entretanto constituído arguido, está indiciado pelos crimes de condução perigosa de meio de transporte por ar, água ou caminho de ferro e homicídio negligente.
Sujeito a primeiro interrogatório judicial foram-lhe aplicadas as medidas de coação de suspensão do exercício de funções e proibição de contactos com as testemunhas do inquérito”, explicou a PJ, em comunicado.
O piloto foi ouvido pelo Ministério Público esta semana no tribunal de Viseu.