Pedro Dias decidiu entregar-se esta noite às autoridades, na presença de jornalistas, para "preservar a sua segurança e integridade".
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A advogada do suspeito dos crimes de Aguiar da Beira, Mónica Quintela, adiantou que a entrega de Pedro Dias às autoridades decorreu sem qualquer incidente.
Mónica Quintela reiterou que optou por esta estratégia de entrega pública uma equipa da RTP e um jornalista do Diário de Coimbra para "preservar a segurança e integridade" do suspeito dos crimes, entre os quais se incluem duas mortes, sublinhando que as autoridades "foram impecáveis".
Segundo a sua advogada, Pedro Dias entregou-se às autoridades por volta das 21.45, em Arouca, sem que se registasse qualquer incidente e antes das 23 horas já estava a caminho da Guarda, onde deverá ser presente a um juiz de instrução criminal nas próximas 48 horas, sendo que também o Ministério Público "poderá tentar" ouvi-lo.
A advogada, que já representava os avós paternos da filha do suspeito (representantes legais da menor), explicou que, assim que teve a informação de que Pedro Dias a queria contactar para se entregar, realizou "todas as diligências nesse sentido", escusando-se aprestar mais declarações sobre o caso.
A casa onde se entregou é pertença da família de Pedro Dias e fica sensivelmente a 200 metros da habitação principal dos seus pais, onde também está a sua filha.
Fonte da GNR de Arouca disse à agência Lusa que não foi contactada para a entrega do fugitivo, não tendo havido nenhum telefonema para aquele posto nem alerta para o piquete local.
Pedro Dias, conhecido como "Piloto", estava desaparecido desde 11 de outubro, data em que dois militares da GNR foram atingidos a tiro, em Aguiar da Beira, no distrito da Guarda. Um morreu e outro ficou ferido.
Na mesma madrugada, um homem morreu e a mulher ficou gravemente ferida, também alvejados a tiro, na viatura em que seguiam, em São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, tendo começado então a caça ao homem.
Denúncias e alegados vestígios do suspeito foram surgindo nos últimos dias, desde a zona de Arouca, a Vila Real, onde se centravam as atenções há mais de uma semana.