Sentença pune furtos em Guimarães e Póvoa de Lanhoso e abalroar de carro da GNR em Braga.
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André Oliveira, mais conhecido como André Pirata, que em 2020 abandonou à porta do hospital a namorada baleada e moribunda, na sequência de um assalto frustrado em São João da Madeira, foi agora condenado, na Comarca de Braga, a sete anos de prisão.
Depois de ser punido com quatro anos e dois meses, pelos crimes cometidos na zona norte do distrito de Aveiro, na semana passada conheceu a pena por vários assaltos cometidos em Guimarães e na Póvoa de Lanhoso, mas também por ter abalroado um carro-patrulha da GNR de Amares, em Adaúfe, Braga, numa perseguição então acompanhada em exclusivo pelo JN.
O cúmplice de Pirata acabou absolvido, porque não se provou que tenha participado nos assaltos ou conduzido a carrinha furtada que embateu contra a viatura da GNR de Amares. Pirata, por seu lado, confessou tudo ao Tribunal Criminal de Braga.
André Filipe Pires de Carvalho e Oliveira, de 30 anos, caiu às mãos de operacionais do Posto Territorial da GNR de Amares a 16 de outubro de 2020, após uma aparatosa fuga que protagonizou, na sequência de uma sua primeira tentativa de detenção, na "Rotunda da Laranja", freguesia de Prozelo, Amares.
Fugiu com um comparsa ao volante, Fernando Gonçalves, pela Estrada Nacional 205-4, acabando detido do outro lado do rio Cávado, nas imediações da Capela de Nossa Senhora da Nazaré, em Adaúfe, Braga, onde já se escondera, após abalroar um carro-patrulha da GNR de Amares.
Condenado 18 vezes
Na semana passada, o Tribunal de Braga condenou Pirata a sete anos de prisão, por oito crimes, seis de furto, um de resistência e coação sobre funcionários (os militares do Posto Territorial da GNR de Amares) e de dano qualificado, contra um carro-patrulha.
Segundo o acórdão, na medida da pena de sete anos de prisão efetiva pesaram os vastos antecedentes criminais do arguido, porque desde o ano de 2007 André Pirata soma ao todo 18 condenações, por crimes de roubo, condução sem habilitação legal, furto, detenção de arma proibida, tráfico de droga, condução perigosa e burla informática.
O cúmplice de Pirata, agora absolvido, esteve em prisão domiciliária, numa casa em Gaia, e rebentou a pulseira eletrónica, pondo-se em fuga. Depois, foi recapturado.