A Polícia Judiciária está a aguardar os resultados de exames forenses, na sequência da autópsia, necessários para apurar exatamente a causa da morte de Giovani Rodrigues, estudante cabo-verdiano que morreu 10 dias depois de uma agressão, a 21 de dezembro, em Bragança. Alguns dos exames são morosos, por serem do foro toxicológico.
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De acordo com informações recolhidas pelo JN, a investigação já está adiantada e todos os intervenientes da contenda foram identificados pelas autoridades. Vários já foram inquiridos e já se sabe que, dos cerca de 15 indivíduos presentes aquando das agressões com o grupo de cabo-verdianos, apenas quatro ou cinco evolveram-se fisicamente com as vítimas. Os dois grupos estariam fortemente alcoolizados e, por isso, as autoridades enfrentam dificuldades para cruzar e apurar a verdade dos diferentes depoimentos.
Ainda assim, a investigação já afastou de vez a tese de uma agressão com caráter racista, atribuído a contenda a motivos fúteis, que acontecem frequentemente em ambientes de diversão noturna.
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A investigação da PJ enfrentou várias dificuldades para apurar os factos neste caso, uma vez que começou 10 dias depois de terem ocorrido. Já não havia cenário de crime onde se pudessem recolher vestígios, as roupas dos intervenientes já estariam contaminadas e as imagens de videovigilância são pouco esclarecedoras.
Querem justiça
A comunidade de cabo-verdianos radicada em Bragança sente-se intranquila porque o caso Giovani parece estar a marcar passo.
Ainda não há detenções 17 dias após ter sido declarada a morte de Giovani Rodrigues, o aluno cabo-verdiano do Instituto Politécnico de Bragança que morreu num hospital do Porto após um internamento de 10 dias, em morte cerebral, após a rixa na rua.
No entanto, nas redes sociais correm fotografias do grupo de alegados implicados, cerca de 15 pessoas, todos residentes em Bragança ou em aldeias do concelho.