A Polícia Judiciária alertou, esta terça-feira, para o facto de contactos de crianças e jovens de escolas básicas e secundárias estarem a ser adicionados a grupos de Whatsapp onde são partilhados conteúdos pornográficos, pedindo redobrada atenção aos pais.
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Num comunicado divulgado esta terça-feira, a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária (PJ) avisa que se trata de uma prática "emergente e massiva" de factos que constituem a prática de crime de pornografia de menores.
Segundo explica, o "modus operandi" consiste na criação de grupos no serviço de mensagens Whatsapp em que são adicionados os contactos de crianças e jovens de escolas de diversas zonas do país, como noticiou o "Jornal de Notícias", na semana passada.
O único propósito, sublinha, é "sujeitar os menores à visualização de pornografia de adultos, de imagens e vídeos de abusos e exploração sexual de crianças, ou que retratam práticas sexuais entre adultos e crianças".
Após aderirem a estes grupos, as crianças e jovens são incentivadas a adicionar os seus contactos, alegadamente com o objetivo de superar o desafio de agrupar o maior número de elementos possível.
Para prevenir os efeitos nefastos desta realidade, a PJ pede aos pais e encarregados de educação que estejam atentos à utilização do whatsapp pelos filhos, designadamente com idade inferior a 16 anos (idade mínima para utilizar a aplicação na União Europeia), avisando-os para recusarem convites de contactos desconhecidos.
Aconselha também que bloqueiem os convites vindos de desconhecidos, nas definições da aplicação do whatsapp e explica em imagens como o fazer.
Caso detetem que os seus filhos integram ou integraram grupos desta natureza, a PJ sugere que sejam feitas capturas de ecrã das conversas dentro do grupo, que mostrem os contactos dos respetivos administradores e os conteúdos partilhados e denunciem o caso às autoridades.
Apela ainda aos professores e diretores dos agrupamentos escolares que informem os pais e encarregados de educação sempre que detetem situações desta natureza e reportem os casos às autoridades.