A Polícia Judiciária está a "analisar a situação da lista" que revela a identidade de 22 mil combatentes do Estado Islâmico para identificar os nomes relacionados com Portugal, mas a ministra da Administração Interna não espera novidades sobre o tema.
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Segundo fonte da PJ, a análise dos dados está a cargo da Unidade Nacional de Combate do Terrorismo (UNCT) da PJ.
A ministra da Administração Interna indicou, em Bruxelas, que as autoridades portuguesas estão a analisar a lista com dados de elementos ligados ao grupo extremista Estado Islâmico, mas referiu que não é de esperar "nenhuma novidade" quanto a cidadãos portugueses.
"Neste momento as autoridades portuguesas estão naturalmente a trabalhar com as suas congéneres para analisar não só a veracidade dessa lista, como o seu conteúdo (...) Todos sabemos que existem alguns nomes de lusodescendentes que aderiram às fileiras do Daesh (acrónimo do autoproclamado Estado Islâmico) e que estão perfeitamente monitorizados pelas nossas autoridades, e portanto aí não há nenhuma novidade que possamos esperar", afirmou Constança Urbano de Sousa, à margem de uma reunião de ministros do Interior da União Europeia.
Segundo a estação televisiva, a documentação recebida contém nomes de cidadãos de pelo menos 51 nacionalidades diferentes que se juntaram ao grupo extremista.
Muitos dos jiadistas encontram-se na Europa ocidental, nos Estados Unidos, no Canadá, no Magreb e no Médio Oriente, segundo a Sky News.
A lista já terá sido entregue aos serviços de informação.
Segundo escreve a TSF no seu sítio na internet, também a polícia federal alemã terá recebido no início da semana uma lista com dezenas de milhares de documentos com nomes, moradas, números de telefone e contactos de famílias de pessoas que se juntaram ao Estado Islâmico.
As autoridades terão tido acesso a mais de 22 mil impressos que os candidatos teriam de preencher para ser aceites no Estado Islâmico e contêm informação sobre cidadãos de 51 países.