PJ faz buscas na TAP devido a indemnização atribuída a ex-administradora Alexandra Reis
As instalações da TAP estão a ser alvo de buscas. O Ministério Público (MP) também está a realizar o mesmo tipo de diligências num escritório de advogados de Lisboa e ainda pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo. Polícia Judiciária suspeita que foram "violadas diversas disposições legais".
Corpo do artigo
As buscas e pesquisas anunciadas nesta terça-feira acontecem no âmbito da investigação à indemnização de 500 mil euros atribuída à ex- vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da TAP, Alexandra Reis.
"As diligências, que têm em vista a apreensão de documentação, são presididas por procuradores da República e juiz de instrução, coadjuvados por inspetores da Polícia Judiciária (PJ), órgão de polícia criminal que coadjuva o Ministério Público na investigação", descreve um comunicado do MP.
O mesmo comunicado refere que "estão em causa suspeitas da eventual prática de crimes de administração danosa, de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, de participação económica em negócio e de abuso de poder".
Já a Polícia Judiciária esclarece que "em causa está a investigação do processo de atribuição por, parte da TAP, de uma indemnização de 500 mil euros a uma vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva da companhia aérea, na sequência da sua cessação de funções". E destaca que existem "fortes indícios de que foram violadas diversas disposições legais".
Alexandra Reis esteve envolvida, em dezembro de 2022, numa polémica relacionada com a TAP, após ter sido tornado público que esta recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos. Meses depois, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV).
Ainda antes do final desse ano, abandonaria esse cargo a pedido do então ministro das Finanças Fernando Medina.