Um morador do Bairro da Conceição, em Guimarães, foi agredido, ao final da tarde de sexta-feira, quando procurava acalmar uma bravata, à porta de um quiosque onde se registam apostas Placard. A Polícia Judiciária está a investigar as circunstâncias em que várias pessoas agrediram aquele homem, de 45 anos, com paus, ferros e um martelo.
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De acordo com Carlos Oliveira, proprietário do quiosque, era a sua filha que se encontrava ao balcão do estabelecimento quando sucederam os problemas. "A minha filha pediu identificação [a um cliente], uma necessidade para identificar a pessoa, não só pela idade, mas também para verificar se o número de identificação fiscal corresponde à pessoa que está a fazer o registo. O jovem, que veio viver para esta urbanização, há tempos, recusou-se [a dá-la]. Ele estava acompanhado de uma senhora, a esposa, e começaram a insultar a minha filha", relata.
Carlos Oliveira conta que foi alertado para o que se estava a passar e que se dirigiu para o local, tendo-se inclusivamente cruzado com o jovem, que lhe terá dito que ia chamar o pai. O comerciante afirma que, quando o jovem regressou ao quiosque, com o pai e outros familiares, ainda tentou conversar com eles. Foi a filha de Carlos Oliveira que, "percebendo que eles tinham outras intenções", fechou o estabelecimento e "puxou-me para dentro".
Pai e filho terão respondido aos pontapés ao quiosque, quebrando dois vidros da porta e um da montra. O morador agredido terá chegado ao local nesse momento e terá sido agredido por procurar acalmar a fúria de pai e filho. Segundo testemunhas no local, as agressões terão partido do jovem, com um martelo, e continuaram, com paus e ferros, envolvendo o pai e outros elementos familiares.
Carlos Oliveira e a filha, refugiados dentro do quiosque acabaram por não presenciar as agressões. O indivíduo agredido foi assistido no local pelos Bombeiros Voluntários de Guimarães e considerado ferido grave. O homem foi transportado ao Hospital Senhora da Oliveira com escolta policial, que não chegou para evitar que houvesse mais desacatos, por parte de outros familiares dos agressores que se encontravam à porta do Serviço de Urgência.
O caso foi entregue à Polícia Judiciária que está a investigar as circunstâncias da ocorrência.