PJ investiga ligação de vidros estilhaçados a carrinha de nómada digital desaparecido

Carinha foi encontrada queimada, dia 16, numa zona florestal
Foto: D.R.
A Polícia Judiciária está a investigar a origem de estilhaços de vidros encontrados a cinco quilómetros do lugar onde foi queimada a carrinha de Artur Lorenz, o nómada digital desaparecido desde 4 de maio, em Viseu. Esta quinta-feira, a Judiciária também ouviu, durante mais de seis horas, o cunhado do desaparecido.
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Albert Schell, que está em Viseu com dois tios do desaparecido, disse que a PJ não lhe adiantou qualquer informação sobre o cunhado, mas pediu-lhe para prolongar a estadia em Viseu por uma noite.
“Vamos continuar em Viseu, à espera de alguma coisa”, confessou Albert Schell, que tem espalhado pela cidade fotografias do cunhado. Ao JN, também afirmou que está “em contacto com a embaixada alemã em Portugal”.
Regresso anunciado
Artur Lorenz, de 39 anos, contactou com a família pela última vez no dia 4 de maio. Encontrava-se no Monte de Santa Luzia e fez uma videochamada com a irmã. Segundo o cunhado, preparava-se para regressar a casa para celebrar o Dia da Mãe, que, na Alemanha, se assinala a 12 de maio.
A verdade é que nunca chegou, e a família, sem informações, decidiu alertar as autoridades alemãs. À esquadra da PSP de Turismo do Porto, fez chegar um e-mail com o alerta, no dia 10 de maio.
As autoridades - GNR e PSP de Viseu - foram informadas de que o alemão estaria em Viseu no dia em que contactou a família pela última vez.
No dia 16, a carrinha em que viajava pela Europa foi encontrada carbonizada por um popular, numa zona de mato a cinco quilómetros do sítio onde tinha ligado à família pela última vez. Aqui, foram encontrados estilhaços de vidro, que levaram a Judiciária a realizar perícias, para verificar se pertenciam à carrinha de Artur Lorenz.
O nómada digital estava em Portugal desde o final de 2023. Já tinha passado pelo Algarve e por Peniche e, antes de desaparecer, preparava-se para regressar a Estugarda.
