PJ levou 200 inspetores em aviões da Força Aérea para operação na Madeira
Judiciária executou cerca de 130 buscas na Madeira e no continente. Presidente do Governo Regional é arguido e líder da Câmara do Funchal foi detido. Força Aérea Portuguesa colaborou no transporte de polícias do continente.
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Os empresários Avelino Farinha, do Grupo AFA, e Custódio Correia, da Socicorreia, SA, detidos ontem na operação da Polícia Judiciária (PJ), teriam enorme domínio sobre as obras públicas na Madeira, mas também sobre a área do turismo e ainda da comunicação social local. O autarca do Funchal, Pedro Calado, o terceiro detido da operação, segundo a investigação, facilitaria a vida dos empresários com informação privilegiada e decisões "à medida".
Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, foi constituído arguido pelos 200 inspetores que viajaram do continente para a Madeira, em dois aviões da Força Aérea, especialmente fretados para evitar alertar os suspeitos. Na quarta-feira de manhã, os inspetores começaram a executar cerca de 130 buscas, em três investigações diferentes, mas com alguns protagonistas em comum e ligados à Região Autónoma da Madeira. As buscas tiveram lugar na ilha e em diferentes pontos de Portugal continental.