A Polícia Judiciária de Aveiro recolheu amostras de ADN a Sandra Silva, outra irmã de Mónica Silva, grávida desaparecida da Murtosa há quase meio ano. Também o fez junto de uma adolescente, de 15 anos, sobrinha da vítima e filha de Sara Silva, a irmã gémea de Mónica.
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Mónica Silva, de 33 anos, estava grávida de sete meses e meio quando desapareceu, na noite de 3 de outubro de 2023. Segundo apurou o JN, os resultados dos vestígios recolhidos na residência de Mónica Silva, na Vila da Murtosa, serão compatíveis com o ADN das duas irmãs da vítima, Sandra e Sara, e com o da sobrinha. Todas frequentavam aquela casa.
Sandra Silva, a irmã mais nova de Mónica Silva, confirmou ao JN ter sido submetida à zaragatoa bocal. "Pelo que a PJ nos informou, foi encontrado nas perícias um código de ADN muito semelhante aos das minhas duas irmãs gémeas", explicou.
"Acho que foi só para descartar hipóteses", acrescentou Sandra Silva, cabeleireira e esteticista no centro da Murtosa, referindo que também não fez muitas perguntas, porque o processo está sob segredo de justiça, não querendo fazer ruído à volta do caso.
"Eu, as minhas irmãs e os meus pais acreditámos sempre no trabalho da Polícia Judiciária, desde a primeira hora, pelo que só resta aguardar, estando sempre disponíveis para colaborarmos com tudo aquilo que nos for solicitado", disse Sandra Silva.
O principal suspeito do desaparecimento, Fernando Valente, de 39 anos, está em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica, num dos seus apartamentos, situado em Gaia, desde 21 de dezembro de 2023, após um período de prisão preventiva em Aveiro.
Fernando Valente, detido pela PJ de Aveiro, a 15 de novembro de 2023, na Murtosa, encontra-se indiciado por crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver e aborto agravado, tendo negando desde sempre qualquer envolvimento no caso.