As buscas policiais para tentar encontrar o corpo da grávida desaparecida há dois meses e meio recomeçaram na manhã desta segunda-feira, na vila da Murtosa.
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Inspetores da Polícia Judiciária estão a sondar o terreno de uma das casas do principal suspeito do caso, com vários georradares, enquanto a GNR utiliza os cães-pisteiros especializados na deteção de odor humano e de restos mortais, no centro da Murtosa, da zona litoral do distrito de Aveiro.
Mónica Silva, de 33 anos, mãe de dois filhos, de 14 e 11 anos, deixou de ser vista ao princípio da noite de 3 de outubro de 2023, quando saiu de casa dizendo que iria tomar café, levando as ecografias da sua gravidez já de quase sete meses e meio.
O empresário Fernando Valente, de 38 anos, divorciado, que é o principal suspeito pelo desaparecimento de Mónica Silva, também residente no concelho da Murtosa, encontra-se preso preventivamente desde 18 de novembro, indiciado pelo alegado cometimento de crimes de homicídio qualificado, de profanação de cadáver e de aborto agravado.
Fernando Valente, ainda antes de ter sido detido pela Polícia Judiciária de Aveiro, desmentiu sempre qualquer tipo de envolvimento no desaparecimento de Mónica Silva, com quem mantinha uma relação amorosa, negando igualmente a paternidade do nascituro, do género masculino.
As buscas entre uma nova superfície comercial e as antigas instalações da EB 2+3 Padre António Morais da Fonseca já começaram na sexta-feira, tendo sido interrompidas no fim de semana, mas sempre com a GNR presente no local.
A PJ e a GNR de Aveiro já tinham feito buscas nas residências dos mais diretos familiares de Fernando Valente, na Murtosa, em Vila Nova de Gaia e em Cuba do Alentejo, mas sem sucesso.
Entretanto, a Polícia Judiciária e a Guarda Nacional Republicana pesquisaram um poço na Murtosa, secundados por buscas da família de Mónica Silva ao mesmo poço, mas sem êxito também.
Familiares da grávida desaparecida também fizeram buscas em pinhais entre a Torreira e São Jacinto, assim como uma empresa de mergulho igualmente pesquisou a Ria de Aveiro, nas zonas da Murtosa e de Torreira, só que nunca foi encontrado o corpo de Mónica Silva, nem sequer quaisquer vestígios.