Os principais responsáveis de um grupo dedicado ao tráfico de cocaína foram detidos na cidade espanhola de Barcelona, onde residem, depois de terem importado da Costa Rica, através do Porto de Setúbal, um carregamento de ananases com mais de 200 quilos de droga dissimulada por debaixo da fruta.
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A operação contou, em território nacional, com a participação da Polícia Judiciária (PJ), que aprendeu a maioria do produto estupefaciente.
“A investigação em curso iniciou-se com troca de informação no quadro da cooperação policial internacional e permitiu desenvolver e fazer uso da ferramenta jurídica ‘Entrega Controlada’, que possibilitou à PJ, em estreita cooperação com as autoridades policiais do Reino de Espanha, acompanhar o contentor até ao seu destino final, na zona de Barcelona, e proceder à detenção dos principais criminosos responsáveis do grupo criminoso”, adiantou esta quinta-feira, em comunicado, a instituição.
A detenção foi consumada pelas autoridades espanholas e, à partida, será no país vizinho que irá correr o processo.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, no centro da operação está uma empresa espanhola que já estaria no radar da PJ. Por esse motivo, um dos seus contentores foi recentemente alvo de fiscalização no Porto de Setúbal. A ação permitiu à PJ encontrar dezenas de “tijolos” de cocaína escondidos no fundo de caixas de cartão com ananases.
Tal como permite o mecanismo de “Entrega Controlada”, os inspetores da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, apreenderam nessa altura a maioria da droga, deixando seguir para Barcelona uma pequena quantidade de estupefaciente. Quando a mercadoria foi descarregada no destino final, os traficantes foram detidos pelas autoridades espanholas.
Na sequência da operação Fado, refere o comunicado, “foi desmantelado um grupo criminosos dedicado à introdução de grandes quantidades de cocaína no continente europeu, tendo sido detidos três homens e apreendidos um total de 211 kg de cocaína de elevado grau de pureza”. Os suspeitos, sabe o JN, são sul-americanos.
As investigações prosseguem.