A Plataforma de Sindicatos e Associações da PSP e GNR vai reunir na segunda-feira em Lisboa para fazer um balanço dos protestos realizados e definir uma nova estratégia para exigir a paridade de tratamento da PSP e da GNR.
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A Plataforma salienta, através de comunicado, a “postura séria e responsável” que demonstrou, “desde logo, respeitando algum recato no momento eleitoral e pós-eleitoral, aguardando que o governo possa estabilizar, formal e materialmente e ter, assim, as condições necessárias para corresponder às legítimas e justas reivindicações destes profissionais, honrando o compromisso público que assumiu”.
Recorde-se que Luís Montenegro, recém indigitado primeiro-ministro, prometeu, durante a campanha eleitoral, resolver a disparidade do suplemento de missão entre as diferentes forças de segurança. Protestando contra esta diferença, no início do ano, elementos da PSP e da GNR realizaram vários protestos exigindo um suplemento de idêntico valor ao concedido à Polícia Judiciária, em novembro de 2023 pelo anterior Governo.
Jogo adiado por falta de policiamento
Dos protestos, convocados maioritariamente através das redes sociais, surgiu um movimento inorgânico, “Movimento Inop” que apelou a várias formas de luta radicais como a apresentação de baixas médicas à última hora. Um jogo entre o Famalicão e o Sporting foi mesmo adiado por falta de policiamento. Em fevereiro, vários elementos das forças de segurança concentraram-se à porta do Capitólio, em Lisboa, condicionando as chegadas de Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro para o grande frente-a-frente com vista às Legislativas.
Um representante sindical chegou até a sugerir que a realização das eleições poderia estar em risco. A mera sugestão de perturbações eleitorais gerou um coro de críticas e levou a que a Plataforma suspendesse os protestos para garantir uma campanha sem incidentes um ato eleitoral tranquilo.
Agora, com o novo Governo AD já na calha, os 11 sindicatos e associações da PSP e GNR que compõem a Plataforma vão reunir para “definir uma estratégia que permita, de forma concertada, preparar a forma de exigir a paridade de tratamento da PSP e da GNR”.