Poder de Armando Pereira na Altice põe presidente em contradição com juiz

Patrick Drahi e Armando Pereira (em segundo plano
Filipe Amorim/Global Imagens
Patrick Drahi desvaloriza papel do empresário português, que Carlos Alexandre trata como “um administrador de facto”, que intervinha no “processo decisório” e é suspeito de 11 crimes.
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Em recente comunicação pública, o fundador e presidente da Altice, Patrick Drahi, garantiu que, desde 2005, o português Armando Pereira já não tem qualquer ação ou direito de voto no grupo, e que, nos últimos anos, a sua relação com a gestão da Altice International tem sido “inexistente”. Porém, um despacho do juiz de instrução Carlos Alexandre, proferido no inquérito em que Armando Pereira foi detido, contraria frontalmente aquelas duas afirmações. O empresário luso não só detém 22% do capital societário, como interveio em vários negócios de todas as filiais do grupo, assegurou o próprio no interrogatório judicial a que foi sujeito depois de ser detido no dia 13 de julho.

