O uso de máscaras é obrigatório nos transportes públicos a partir desta segunda-feira. O Governo acredita que não vão faltar. Medidas de segurança e higiene serão reforçadas.
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A PSP irá cumprir, a partir de hoje, um plano que define o reforço de meios junto às principais estações de metro, comboios e paragens de autocarro. Além de tentar evitar eventuais casos de sobrelotação (a ocupação dos veículos está limitada a dois terços), os agentes irão verificar se os passageiros usam a máscara, que passa a ser obrigatória.
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No Porto, a PSP contará com o apoio da Polícia Municipal. Estações da Trindade, de S. Bento e de Campanhã são alguns dos pontos fulcrais, que também passarão pelos principais interfaces rodoviários. A STCP já tinha anunciado um acordo com os municípios que serve para levar a cabo "uma operação de cooperação na manutenção de ordem pública, através das polícias municipais".
Numa primeira fase, os polícias optarão por sensibilizar os passageiros para a necessidade de utilizar a máscara, mas, caso se verifique um incumprimento reiterado, poderão ser aplicadas sanções. As multas vão dos 120 aos 350 euros.
Regresso após mês e meio
É um regresso ao transporte público após mês e meio de estado de emergência. Hoje, muitos portugueses voltam a sair de casa, até porque também há vários serviços e estabelecimentos que reabrem. Ainda assim, o Governo acredita que esta manhã, nos transportes, "a oferta vai ser maior do que a procura" e que "tudo vai funcionar bem", referiu Matos Fernandes, ministro do Ambiente, que esteve na estação da Trindade, no Porto.
Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, esteve em Lisboa, a comprar máscaras numa superfície comercial, e acredita que aqueles artigos, agora obrigatórios, não vão faltar. "Nós, neste momento, já temos em Portugal uma capacidade de produção de máscaras superior a um milhão por dia e cada vez vamos começar a produzir mais máscaras reutilizáveis", assinalou, confiando, ainda, que o aumento da produção e a descida do IVA para aqueles acessórios levarão a que os preços fiquem mais baixos.
Matos Fernandes, na estação do metro da Trindade, no Porto, também quis demonstrar que nada faltará aos passageiros dos transportes públicos a partir de hoje.
Nas entradas das estações foram colocados dispensadores de gel desinfetante para as mãos. E, no caso da Metro do Porto, mais de 30 máquinas de vending passam a dispor também de máscaras (1,50 euros), luvas (50 cêntimos) e gel (dois euros). Mesmo no topo de cada máquina, por cima das latas de sumo, das garrafas de água, dos bolos e chocolates, estão as máscaras e os restantes produtos de proteção individual.
Reforço da oferta
No metro de Lisboa, serão 84 postos de venda do mesmo género nas estações, que terão um rigoroso controlo de lotação, sobretudo nas gares consideradas mais críticas e de maior afluência. A presença da PSP aqui vai ser efetiva para controlo do uso de máscaras, dos acessos aos cais e das validações dos títulos. Também a Soflusa terá equipamentos de proteção individual disponíveis nos terminais fluviais do Barreiro, Cacilhas, Cais do Sodré e Terreiro do Paço.
Em todos os transportes, que nas últimas semanas sofreram quebras na procura que chegaram aos 90%, a lotação máxima dos veículos será de dois terços. A oferta vai ser reforçada, tendo em conta o regresso ao trabalho de muitas pessoas e a reabertura de vários espaços.
Operadoras
Metro do Porto
Reforço de serviço em 95%. Em circulação em toda a rede estarão 81 veículos. O reforço será mais visível em todas as linhas mas sobretudo na Amarela.
Metro de Lisboa
Horários "serão ajustados em função da procura", por forma a garantir "uma taxa de ocupação relativamente baixa".
STCP
Das 70 linhas de autocarro, 33 voltam ao horário normal e 37 adotam o horário de férias escolares. Entrada volta a ser pela porta da frente.
Carris
Reforço de serviço e entrada pela porta da frente.