Cinco pessoas foram detidas e 18 estão sob investigação na sequência do desmantelamento, pela Guarda Civil espanhola, de uma rede criminosa dedicada ao tráfico e posse ilegal de espécies protegidas, segundo foi anunciado este sábado.
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Segundo as autoridades, os detidos e investigados integravam uma operação criminosa que operava a nível nacional e internacional, sendo que muitas das espécies detetadas eram provenientes de Portugal.
Num comunicado sobre a operação, a que foi dado o nome de ‘Namib’, a direção-geral da Guarda Civil de Espanha adianta que as operações tiveram lugar em várias províncias espanholas, incluindo Madrid, Málaga, Lugo, Ciudad Real, Almeira e Badajoz, além de Cáceres, onde se concentraram os principais esforços operacionais.
Durante as inspeções realizadas a vários estabelecimentos que vendem espécies exóticas, armazéns e até casas particulares, os agentes apreenderam cerca de 30 exemplares de espécies protegidas, sobretudo aves exóticas da família dos psitacídeos, como araras ou papagaios cinzentos africanos de cauda vermelha.
Foram também apreendidos repteis, como tartarugas africanas e tartarugas-leopardo, assim como outras espécies invasoras, incluindo uma suricata, um mamífero nativo do extremo sul de África.
Os detidos arriscam penas de prisão entre seis meses e dois anos por crimes contra o ambiente a proteção da fauna e da flora e multas elevadas.
A gravidade dos crimes em causa reside no facto de ameaçarem a biodiversidade e o equilíbrio ecológico, além de contribuírem para a deterioração de ecossistemas frágeis e para e extinção de espécies de elevado valor ecológico, científico e cultural, sublinha o comunicado.
A rede desmantelada estava envolvida no transporte, comercialização e posse ilegal de espécies listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem (CITES), cujo comércio é proibido ou fortemente regulamentado.