Os detetives ingleses pediram ao Governo um novo subsídio de mais de 100 mil euros para prosseguir a investigação do desaparecimento de Maddie McCann. Ao todo, já receberam 15 milhões de euros. Por sua vez, no final do ano passado, os pais da menina tinham à sua disposição mais de um milhão de euros em donativos.
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O orçamento para 2023/24 da Operação Grange, da Polícia Metropolitana, deveria terminar a 31 de março, mas os agentes da brigada criada especialmente para investigar o desaparecimento de Maddie, ocorrido em 2007 no Algarve, já pediram um novo subsídio de 116 mil euros, revelou o Daily Mail.
O pedido foi confirmado oficialmente pelas autoridades policiais, mas sem avançar o montante solicitado. Fonte do Ministério da Administração Interna inglês adiantou que o orçamento é discutido numa base anual e que ainda não foram tomadas decisões para o período de 2024/25.
Gastos 15 milhões desde 2011
Segundo o jornal inglês, desde o seu nascimento, em 2011, a pedido do então primeiro-ministro David Cameron, esta equipa policial já beneficiou de cerca de 15 milhões de euros do orçamento inglês.
Inicialmente foram destacados 40 elementos para a brigada, mas atualmente há apenas quatro detetives a trabalhar no caso. Também o orçamento foi substancialmente reduzido para cerca de 110 mil euros anuais desde 2018. Foram realizadas inúmeras buscas mas o paradeiro da menina inglesa desparecida com apenas três anos de idade continua desconhecido.
McCann têm fundo de um milhão de euros
Ainda segundo o Daily Mail, no final do ano passado, Kate e Gerry McCann mantinham um fundo com mais de um milhão de euros obtidos graças a donativos e vendas de produtos solidários, como livros, cujas receitas revertem para "O Fundo de Madeleine: Nenhuma Pedra Por Revirar".
O jornal adianta ainda que, enquanto prosseguir a investigação policial, o casal não vê necessidade de recorrer ao fundo que poderá ser mais útil para contratar detetives privados se cessarem as investigações oficiais.
Bruckner é o principal suspeito
Recorde-se que Christian Brueckner é agora o principal suspeito do desaparecimento da menina inglesa. Em 2020, as autoridades alemãs apontaram o dedo ao alemão, de 47 anos, que atualmente está a cumprir pena de prisão por violação e a ser julgado por cinco crimes sexuais alegadamente ocorridos entre 2000 e 2007 em Portugal.