Polícias concentrados no Terreiro do Paço por subsídio de missão que não seja "migalhas"
Cerca de cem polícias estão, esta quarta-feira, concentrados à civil em frente ao Ministério da Administração Interna, no Terreiro do Paço, em Lisboa, enquanto decorrem as negociações entre o Governo e as estruturas sindicais da PSP e da GNR sobre o suplemento de missão.
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"Não aceitamos migalhas" e "exigimos igualdade" são algumas das expressões exibidas em cartazes empunhados pelos manifestantes. No protesto, convocado pelo Sindicato Vertical de Carreiras da Polícia vê-se ainda uma grande faixa em reconhecimento ao agente da PSP que, no início deste ano, 2024, iniciou uma vigília de protesto, entretanto suspensa, em frente à Assembleia da República, em Lisboa.
O Ministério da Administração Interna, liderado por Margarida Blasco, apresentou, a 2 de maio, uma proposta de suplemento de missão para elementos da PSP e da GNR de 365,13 625,94 euros mensais brutos, inferiores aos 1026 euros do valor definido, no final de 2023, para os inspetores da Polícia Judiciária (PJ).
As estruturas sindicais da PSP e da GNR têm exigido um valor igual ao da PJ e alegam que a proposta da tutela implica que alguns polícias e militares percam salário, uma vez que o suplemento de missão substituiria o atual subsídio de serviço e risco (100 euros fixos, mais 20% da remuneração base). O Ministério da Administração Interna nega que assim seja.
Na semana passada, o porta-voz da plataforma que reúne 11 sindicatos e associações das duas forças de segurança, Bruno Pereira, assegurou que estes irão abandonar as negociações caso o Governo não apresente, esta quarta-feira, "uma nova proposta digna".
A reunião entre a tutela e os representantes profussionais da GNR começou pelas 15.30 horas. O encontro com os sindicatos e associações sindicais da PSP está agendada para as 17 horas.