Polícias que viram colegas a sodomizar sem-abrigo não são alvo de processo disciplinar

Dois sem-abrigo foram torturados nas instalações da Esquadra do Rato, em Lisboa
Foto: Leonel de Castro/Arquivo
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) afirma que, "até ao momento, apenas foram instaurados três processos disciplinares" no caso em que dois jovens agentes da PSP foram presos por sodomizarem com um bastão e um cabo de uma vassoura dois sem-abrigo, ao mesmo tempo que, pelo menos, outros quatro polícias assistiam, riam-se e filmavam a cena, sem nada fazerem para a parar.
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Ainda assim, a IGAI prometeu, na sexta-feira, instaurar um "processo de inquérito" para apurar a atuação dos demais elementos policiais envolvidos neste caso de violência policial ocorrido, em 2024, na Esquadra do Rato, em Lisboa. "Até ao momento, apenas foram instaurados três processos disciplinares. Será instaurado processo de inquérito para apurar a atuação dos demais elementos da PSP envolvidos na situação", afirmou a "polícia dos polícias", dirigida pelo juiz desembargador Pedro Figueiredo, em resposta a questões colocadas pelo JN. Os processos foram abertos pela PSP, mas foram avocados à IGAI, por decisão da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral. Esta sexta-feira, a Inspeção-Geral ainda não os tinha recebido.

