A criminalidade desceu no Porto, quando se comparam os números entre janeiro e agosto deste ano e os de 2013, garante José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, que hoje está na tomada de posse do novo comandante da PSP do Porto. Novo líder daquela força promete plano para responder à insegurança da movida.
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"Olhando para o período entre janeiro e agosto deste ano, e comparando com o mesmo período em 2013, a criminalidade geral desceu 11,6 %. E a criminalidade violenta e grave desceu 24 %. O Distrito do Porto é mais seguro em 2023 do que era há 10 anos atrás", conclui o ministro, que salienta uma nova realidade na região: o número de hóspedes praticamente duplicou, passando de aproximadamente 3 milhões para 6 milhões.
Quando se olha para um período mais recente, há uma subida na criminalidade geral. Entre 2022 e 2023, verifica-se que a criminalidade geral no distrito subiu 8,6 %, existindo uma diminuição de 3,6 % da criminalidade violenta e grave.
Entre os crimes que mais contribuíram para esta subida, segundo os dados revelados por José Luís Carneiro, estão as burlas informáticas (+42,7%), "outras burlas” (+33,3%), tráfico de estupefacientes (+34,9%) e condução com excesso de álcool (+25%). Ao mesmo tempo, os furtos em residência diminuíram 23,9%. Os furtos em veículo motorizado diminuíram 21,3%.
Sobre a violência da noite do Porto, o ministro disse que o Governo já mandou encerrar dois espaços de diversão noturna na cidade e revelou que amanhã o Conselho deMinistro vai apreciar uma norma que pretende densificar as sanções contra agressões a policiais.
"Trata-se de uma proposta que vai amanhã [quinta-feira] a decisão do Conselho de Ministros e que vai densificar as condições de sancionamento daqueles que agridem as forças de segurança", disse José Luís Carneiro aos jornalistas no final da tomada de posse do novo comandante da PSP do Porto.
Segundo o governante, este é um "sinal muito claro" de que as agressões às forças de segurança são "intoleráveis num Estado de direito".
A norma visa dar prioridade aos julgamentos deste tipo de crimes, tornando-os mais céleres, e agravar as penas de três para quatro anos, explicou.
Polícia mais visível no Porto
No discurso de tomada de posse, Pedro Neto Gouveia anunciou que a PSP do Porto estava a ultimar um plano de combate ao tráfico e consumo de droga, mas também que responda à "insegurança associada a algumas zonas de diversão noturna", além de ter uma polícia com mais visibilidade.
“Iremos, pois, prosseguir esse trabalho e dar-lhe corpo, esperando, com isso, devolver algum do sentimento de segurança necessário aos nossos concidadãos ” disse o novo comandante. “Não somos funcionários públicos mas sim servidores públicos. Estes polícias, que agora eu irei servir, são, também eles, os concidadãos da área metropolitana do Porto – os nossos vizinhos, os nossos pais, os nossos clientes, os nossos amigos, os nossos parceiros, os nossos filhos e também, e acima de tudo, as nossas vítimas ”.