PR já deu instruções para "total transparência e cooperação com autoridades policiais"
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já deu instruções para total transparência e cooperação com as autoridades policiais na investigação que decorre no Museu da Presidência da República.
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A Polícia Judiciária deteve o diretor do Museu da Presidência da República, Diogo Gaspar, por suspeita de crimes de tráfico de influência, falsificação de documento, peculato, peculato de uso, participação económica em negócio e abuso de poder, segundo a PGR.
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De acordo com um comunicado da Procuradoria-Geral da República, Diogo Gaspar foi detido no âmbito de um inquérito em investigação no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, que teve início em abril de 2015 e envolve, atualmente, diversas buscas domiciliárias e não domiciliárias na zona da Grande Lisboa e em Portalegre.
A Presidência da República confirmou à Lusa que decorrem buscas no Museu da Presidência e que Diogo Gaspar, que é responsável desta estrutura desde 2001, foi detido esta manhã em casa.
Apesar de recordar que a investigação em curso diz respeito a factos anteriores ao mandato de Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, a fonte sublinhou que "o Presidente da República já deu instruções para total transparência e cooperação com autoridades policiais".
"Desde o início do seu mandato, o Presidente da República deu instruções para o reforço das medidas de fiscalização, controlo e auditoria permanente dos mecanismos de gestão orçamental", salienta ainda a Presidência.
Em comunicado posteriormente divulgado no site da Presidência da República, Belém reitera estas explicações.
"O Presidente da República instruiu as Casas Civil e Militar e a Secretaria-geral para darem toda a colaboração possível às autoridades judiciais, em total transparência e abertura, e espera que a Justiça possa exercer rapidamente o seu papel. Mais instruiu o Conselho Administrativo e a Secretaria-geral para reforçarem as medidas, já em curso, de fiscalização, controle da despesa e luta contra atividades ilícitas, auditando sistematicamente a gestão orçamental", refere o comunicado.
No texto disponível no site www.presidencia.pt, confirma-se que as autoridades judiciárias desencadearam hoje buscas "no Museu e na Secretaria-geral da Presidência, devido a suspeitas de atividades ilícitas por parte de um funcionário do Museu".
"O aludido funcionário, que goza evidentemente da presunção de inocência, é responsável do Museu da Presidência desde 2001, tendo sido condecorado por dois anteriores Presidentes. O Museu é administrativamente uma direção de serviços da Secretaria-geral", refere ainda o comunicado.
A notícia da detenção de Diogo Gaspar foi hoje avançada pelo Diário de Notícias.