Um reformado por invalidez, de 56 anos, é suspeito de, com falsas promessas, ter atraído a sua casa dois irmãos, de 11 e 13 anos, para abusar sexualmente de ambos. O caso aconteceu na ilha de São Miguel, nos Açores, e o homem fugiu de casa quando percebeu que uma das crianças contou o crime à família.
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O suspeito é divorciado e vive sozinho numa localidade da ilha de São Miguel. Reformado por invalidez passava a maior parte dos dias em casa ou nas imediações da sua habitação e foi num desses momentos que, nas últimas semanas de junho, terá cometido os crimes.
Segundo o JN apurou, o mais novo dos irmãos foi a primeira vítima. O rapaz foi abordado pelo vizinho e atraído a casa deste com a promessa de ali ter à sua disposição vários videojogos. Contudo, mal entrou na habitação, a criança percebeu que não havia jogos, nem tão-pouco uma consola.
Em vez de o pôr a jogar, o reformado por invalidez colocou o menino a ver vídeos pornográficos para, em seguida, o atacar sexualmente. Porém, a criança recusou assistir ao que o predador lhe queria mostrar e abandonou, quase de imediato, a habitação.
Vítima contou crime à mãe
O menino não contou o que viu à família, o que permitiu ao suspeito concretizar uma segunda investida. Na semana seguinte, a última de junho, abordou o irmão da primeira vítima na rua e prometeu ajudá-lo a arranjar uma avaria da sua bicicleta. Desta forma, atraiu o rapaz, de 13 anos, à sua residência, onde, descreve a Polícia Judiciária (PJ), o forçou à prática de “atos sexuais de relevo”.
A vítima tentou resistir, mas só após o crime consumado conseguiu fugir da casa, deixando ali todos os seus pertences. Logo que encontrou a mãe, contou o que tinha sofrido e a progenitora denunciou o crime à PJ.
Durante as diligências levadas a cabo, os inspetores descobriram o primeiro caso de abusos, mas quando se preparavam para deter o suspeito este já tinha fugido. Apercebendo-se que uma das vítimas tinha revelado à família os abusos sofridos, o reformado por invalidez escondeu-se na habitação de um familiar e ali permaneceu incógnito durante quatro dias.
PJ investiga existência de mais vítimas
Mesmo assim não evitou ser detido pela PJ dos Açores e, após ser sujeito a primeiro interrogatório judicial, ficou em prisão domiciliária. O juiz ordenou que a medida de coação fosse cumprida longe da residência das vítimas e o suspeito mudou-se para casa de um familiar para ali cumprir a ordem judicial
A investigação da PJ não terminou com medida de coação aplicada.
Tendo em conta o perfil traçado, os inspetores acreditam que o homem agora detido possa ter praticado mais crimes de teor sexual e estão a tentar perceber se há mais vítimas entre as crianças que viviam nas imediações do reformado.