Presidente agredido com cabeçada na União de Freguesias do Centro Histórico do Porto

"Estava no meu gabinete e ouvi uns berros. Fui ver o que se passava e era um indivíduo, aparentemente um sem-abrigo, toxicodependente, que pretendia servir de testemunha para um imigrante obter um certificado de residência; e estava a protestar com uma colaboradora", contou ao JN o presidente da UFCHP.

Nuno Cruz explicou àquele cidadão que, por ser residente noutra freguesia da cidade, em Paranhos, não podia ser testemunha de residência naquela união de freguesias.

O indivíduo exaltou-se ainda mais e continuou a protestar. "Eu pedi para ele se acalmar e falar mais baixo. Ele pregou-me uma cabeçada e desatou a fugir", contou Nuno Cruz.

A PSP esteve no local e tomou conta da ocorrência, mas o agressor ainda não tinha sido identificado. 

O presidente explica que estas situações relacionadas com pedidos de certificados de residência têm sido recorrentes. "Há indigentes, muitas vezes com problemas de dependências, que precisam de dinheiro e que, por 20 ou 30 euros, aceitam ser falsas testemunhas de imigrantes". Quando não conseguem e percebem que não vão ter o dinheiro, ameaçam os funcionários.

Nuno Cruz refere que, baseado num parecer jurídico, já deu instruções aos serviços para não se bastarem com apenas um testemunho para passar o atestado de residência. "Quanto têm vistos de turistas, com base num parecer jurídico que temos, também pedimos um contrato de arrendamento ou um contrato de trabalho", acrescentou o autarca, apelando a que a lei seja clarificada para se ajustar a esta nova realidade.

Entretanto, após o incidente desta manhã, o presidente já está diligenciar para que seja assegurada a presença de seguranças nas instalações da UFCHP.