O presidente da Câmara da Maia, Silva Tiago, refutou esta quinta-feira em tribunal o esquema que, diz o Ministério Público, permitiu o pagamento indevido, pelos Serviços Municipalizados de Eletricidade, Água e Saneamento, de 433 faturas de refeições, artigos informáticos e uma caneta de 900 euros, entre outros bens.
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Silva Tiago depunha no início do julgamento em que responde por peculato, a par do seu antecessor, Bragança Fernandes, do vereador Hernâni Ribeiro, dos ex-vereadores Ana Vieira de Carvalho e Nogueira dos Santos e do ex-diretor dos SMEAS Albertino Silva. Os factos ocorreram entre 2013 e 2018.
Em audiência, Bragança Fernandes, que presidiu à autarquia de 2002 a 2017, decidiu ficar calado. Já Silva Tiago, refutando qualquer crime, contou ter delegado em Albertino Silva poderes para gerir até 100 mil euros mensais em despesas. O Conselho de Administração (CA) dos SMEAS, a que presidia, limitava-se a rubricar essas despesas, sem perder tempo a "escrutinar uma a uma", disse Silva Tiago.