PGR e GNR confirmam a existência de um inquérito de violência doméstica em curso visando o autarca vizelense, Victor Hugo Salgado. O presidente da Câmara e a mulher falam em instrumentalização da vida privada para fins políticos.
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O presidente da Câmara de Vizela e da Federação Distrital de Braga do Partido Socialista, Victor Hugo Salgado, está a ser investigado por suspeitas do crime de violência doméstica. A mulher do autarca terá dado entrada nas urgências do Hospital Senhora da Oliveira, em Guimarães, em duas ocasiões, no espaço de 24 horas, no passado mês de fevereiro. O casal emitiu um comunicado em que fala de “instrumentalização da vida privada para fins de combate político”, dizendo ainda querer preservar os filhos.
A GNR confirma que está a fazer “diligências” relativamente ao “processo-crime em causa” e a Procuradoria-Geral da República confirma “a existência de um inquérito, sujeito a segredo de justiça”. Fonte judicial disse o JN que a vítima terá contactado primeiro a GNR de Vizela, que a terá aconselhado a ligar para o 112. Acabou por ser a PSP a tomar nota da ocorrência, tendo depois encaminhado o processo para a GNR, por ser a força policial com jurisdição na zona de Vizela.
Segundo relatos de vizinhos do casal, a companheira do autarca tê-lo-á confrontado com uma alegada traição. Na sequência disso, Victor Hugo terá respondido com agressões físicas que acabaram por causar uma fratura do nariz à mulher. Terá sido uma enfermeira do Hospital de Guimarães, após muita insistência, a convencer a vítima a apresentar queixa.
Comunicado do casal
Entretanto, o casal emitiu um comunicado conjunto em que diz que estes são factos “alheios à vida cívica ou ao debate político” e que constituem “uma tentativa de instrumentalização da vida privada para fins de combate político”. Victor Hugo Salgado e a mulher afirmam que a sua prioridade “é assegurar a preservação da estabilidade emocional e da privacidade" dos filhos, "que não devem ser envolvidos nem expostos em contexto algum”.
O casal termina a missiva afirmando esperar que a comunicação social saiba “distinguir entre interesse público e exploração indevida da intimidade” e acrescenta que não prestará mais declarações.