Presidente da Federação de Ciclismo investigado por alegada venda fictícia de empresa

Cândido Barbosa é presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo desde novembro de 2024
Foto: Teixeira Correia
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), Cândido Barbosa, está a ser investigado pelo Ministério Público por alegada contratação, pela FPC, de uma empresa de serviços a si ligada, a StrongSpeed, confirmou a Procuradoria-Geral da República.
A investigação resulta de uma denúncia que levanta suspeitas de conflito de interesses na atuação do antigo ciclista, de 50 anos, segundo o jornal "Expresso", que avançou a notícia. A queixa deu igualmente entrada no Comité Olímpico de Portugal (COP), que confirmou a informação ao semanário.
Apesar de sublinhar que não tem competências de fiscalização ou auditoria sobre as federações, o COP decidiu reencaminhar o processo para o Instituto Português do Desporto e Juventude, tendo em conta o teor das alegações. O inquérito centra-se na forma como a StrongSpeed terá continuado a prestar serviços à FPC ao longo da temporada de 2025.
De acordo com a investigação, ainda segundo o jornal, Cândido Barbosa terá vendido de forma fictícia a StrongSpeed, empresa que fundou em 2018 e que geriu até 17 de novembro de 2024, data situada entre a vitória nas eleições para a FPC e a tomada de posse.
A gerência terá passado então para Soraia Pinto, que, segundo a federação, vive com o presidente, embora não sejam casados. Posteriormente, a gestão foi assumida por Rogério Freitas, antigo empregado de Barbosa, mantendo-se sob escrutínio a eventual influência do presidente da FPC na empresa.
Questionada anteriormente pelo "Expresso", a Federação Portuguesa de Ciclismo garantiu que Cândido Barbosa "não tem qualquer influência ou ascendente sobre a StrongSpeed". O dirigente, por sua vez, rejeita as acusações, afirma estar de "consciência tranquila" e considera que é alvo de uma campanha de perseguição.

