Presidente do Hospital de Gaia nega falhas de segurança na retirada de uma bebé pela mãe

A PSP e a Polícia Judiciária estão a tentar localizar mãe e filha
Foto: Artur Machado
O presidente do conselho de administração do Hospital de Gaia, Luís Matos, negou, na manhã desta quinta-feira, que tenha havida qualquer falha de segurança no caso da criança levada pela mãe, sem autorização, do Serviço de Pediatria, na tarde de quarta-feira. No entanto, confirmou que a pulseira de segurança foi retirada da bebé, com três meses, sem emitir o sinal de alarme. Mãe e filha continuam em paradeiro incerto.
"Não podemos dizer que houve falhas, porque tudo aconteceu num momento em que há uma mudança de turno na enfermagem, numa enfermaria com 20 e tal camas e quando a criança estava acompanhada pela mãe. Em momento algum havia um problema para resolver", afirmou Luís Matos.
Leia também Bebé que ia ser entregue a família de acolhimento foi levada pela mãe do Hospital de Gaia
Em declarações aos jornalistas, o presidente do conselho de administração do Hospital de Gaia acrescentou que "tudo foi muito rápido" e que o desaparecimento da bebé só foi descoberto "quando pessoas da área social estavam no hospital para fazer a entrega da criança à entidade que a ia acolher".
"Sabíamos que havia um processo judicial a decorrer, mas não tínhamos noção do risco", afirmou ainda o dirigente, que lembrou que a "mãe esteve sempre junto da criança" durante o internamento. "O tribunal nunca nos informou que a mãe não podia estar junto da bebé", revelou.
Luís Matos anunciou, por fim, a realização de um inquérito para apurar as circunstâncias em que, na tarde de quarta-feira, uma mãe retirou, sem autorização, a filha do Serviço de Pediatria do Hospital de Gaia, momentos antes da criança ser entregue a uma família de acolhimento. As conclusões, disse Luís Matos, deverão ser conhecidas numa semana.
Entretanto, PSP está a tentar localizar mãe e filha.

