Realizou-se esta quinta-feira no TIC do Porto a última e crucial fase de produção de prova na instrução do processo "Operação Pretoriano", com a audição de "Jamaica" (Carlos Nunes) e José Pedro Pereira, os dois últimos arguidos que manifestaram intenção de falar à juíza.
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O objetivo destes dois arguidos, tal como os restantes sete que pediram a abertura de instrução, é convencer a magistrada da falta de fundamento da acusação para os levar a julgamento.
Na sessão desta quinta-feira, foram curtas as declarações de "Jamaica" e José Pedro Pereira à juíza de instrução. Ao que o JN apurou, no essencial o que se discutiu "foi português". O que estaria em causa era o texto de algumas mensagens trocadas por "Jamaica" com outros arguidos, nomeadamente o "Polaco". A sessão terminou cerca das 11 horas.
Após as declarações ontem prestadas pelo casal Madureira, em que "Macaco" nega todos os crimes e a mulher, Sandra, "explica tudo", as declarações de hoje de "Jamaica" e de José Pedro deverão marcar o fim da produção de prova.
No entanto, a juíza de instrução vai decidir sobre a audição de testemunhas que, numa primeira fase, recusou mas terá de justificar. Cristiana Carvalho, defensora de Fernando Saul, tem ainda a esperança de resposta positiva no que concerne à audição da mais importante testemunha: Pinto da Costa, cuja idade e estado de saúde justificam, diz a causídica, que seja já ouvida, para memória futura.
Não há para já datas marcadas mas as várias defesas acreditam que os trabalhos continuem já na próxima semana. Faltam o debate instrutório, alegações e decisão final. Esta ditará se e quem vai a julgamento. O prazo para tudo estar concluído termina a 7 de dezembro - a não acontecer, implica a libertação imediata de "Macaco" por excesso de prisão preventiva, situação em que se encontra desde 31 de janeiro.