O suspeito de violar, espancar e amputar um dedo à mulher, domingo passado, na zona de Castelo de Bode, em Tomar, vai ficar preso preventivamente na cadeia das Caldas da Rainha. O homem já tinha sido condenado por violência doméstica e, recentemente, ouviu a mulher, cabeleireira, anunciar que queria o divórcio.
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A medida de coação de prisão preventiva foi decretada, esta quarta-feira de manhã, pelo Tribunal de Santarém, após o arguido, de 43 anos, ser ouvido em primeiro interrogatório judicial.
A vítima, de 42 anos e cabeleireira de profissão, continua internada no Hospital de São José, em Lisboa.
A violação terá ocorrido no domingo de madrugada, no interior da viatura do casal. A vítima foi depois forçada a acompanhar o marido até à residência de ambos, na freguesia de Paialvo, em Tomar, onde acabou amarrada e torturada, com a amputação de um dedo. Foi-lhe ainda rapado o cabelo e arrancadas as sobrancelhas.
Depois das agressões, o homem fugiu, mas acabaria por ser detido pela GNR, que o entregou à Polícia Judiciária, face à qualificação dos crimes em causa.
Ao que o JN apurou, o suspeito já tem um "histórico" de violência doméstica, tendo sido condenado a pena suspensa e a medidas de "socialização", que o obrigaram, nomeadamente, a cumprir um programa de prevenção deste tipo de crime. A mulher pediu recentemente o divórcio, o que terá intensificado os episódios de violência.