O homem que fez uma espera e matou a tiro a companheira, na segunda-feira de manhã, à porta de uma fábrica de calçado de Refontoura, em Felgueiras, ficou preso preventivamente, por decisão proferida, esta terça-feira à tarde, pelo Juízo de Instrução Criminal de Penafiel.
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O arguido, Sérgio Cunha, de 45 anos, chegou ao Tribunal de Penafiel por volta das 15 horas e saiu cerca de duas depois. No seu interior, optou por não prestar declarações perante o juiz de instrução criminal.
Segundo declarou o advogado Carvalho Bessa aos jornalistas, o arguido "está triste e arrependido" de ter matado a mulher, Sílvia Mendes, também de 45 anos.
Sérgio Cunha foi levado para o Estabelecimento Prisional do Porto, em Custoias, Matosinhos.
Sílvia Mendes foi casada durante cerca de 20 anos com Sérgio Cunha. Tiveram uma filha e um neto, hoje com poucos meses. Não eram conhecidos problemas entre os dois, nem havia queixas na GNR. Contudo, Sérgio não queria formalizar o divórcio, apesar de estar separado da mulher há dois anos. Suspeitava que esta tivesse um novo relacionamento. A desconfiança já teria levado o homem a tentar esfaquear Sílvia no sábado passado, só não o tendo conseguido por intervenção de familiares. Sérgio era natural de Caíde de Rei, Lousada, mas mudou-se para Vilar do Torno e Alentém, também em Lousada, a terra natal de Sílvia Mendes, quando casaram. Depois da separação, a mulher mudou-se para casa da mãe, na mesma freguesia, e Sérgio continuou na casa do casal.
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