A PSP está a recrutar operacionais para o Corpo de Intervenção (CI) e Grupo de Operações Especiais (GOE) e lançou um desafio a todas as polícias para que, pela primeira vez, elementos femininos integrem uma destas unidades de elite. O concurso está aberto até dia 16 de janeiro.
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Tanto o CI como o GOE pertencem à Unidade Especial de Polícia, uma unidade especialmente vocacionada para operações perigosas, complexas ou sensíveis. O CI dedica-se a ações de manutenção e reposição da ordem pública, em ocorrências que exigem um patrulhamento mais ostensivo e robusto. Por exemplo, espetáculos desportivos, manifestações ou segurança de instalações ou de altas entidades.
Já o GOE é especializado na intervenção tática em situações de terrorismo e criminalidade especialmente violenta. Pode ser acionado para operações planeadas ou após a ocorrência de incidentes de tático-policiais que impliquem, entre outras situações, sequestros ou tomadas de reféns. Ainda tem como responsabilidade o planeamento e segurança das representações diplomáticas de Portugal em zonas de maior risco.
Dadas as suas características, apenas polícias de elite podem integrar estas duas subunidades. Por isso são exigidas qualificações e requisitos físicos superiores aos do concurso para agente da PSP . E, depois de admitidos, os candidatos ainda têm de obter aproveitamento num duríssimo curso de formação para integrarem o CI ou o GOE.
Até ao momento, nem o CI nem o GOE teve ou tem qualquer operacional do sexo feminino, ao contrário das subunidades do Corpo de Segurança Pessoal, do Grupo Operacional Cinotécnico e do Centro de Inactivação de Explosivos e Segurança em Subsolo que já têm mulheres nas suas fileiras.
A PSP pretende alterar esta realidade. Apesar de ser um concurso interno, fez mesmo um apelo direto às polícias nas redes sociais. "Atreve-te a ser a primeiro operacional do Corpo de Intervenção ou do Grupo de Operações Especiais", lê-se numa publicação da UEP no Instagram.