Procuradora quer rede de "Xuxas" presa por importar toneladas de cocaína
Magistrada pediu, na reta final do julgamento, pena efetiva para cabecilha e outros 14 arguidos. Conversas obtidas em França são principal prova.
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O Ministério Público (MP) pediu, na terça-feira, prisão efetiva, sem quantificar a pena, para o alegado narcotraficante Rúben Oliveira, conhecido por “Xuxas”, e outros 14 arguidos no processo em que o grupo está a ser julgado, em Lisboa, por ter, entre 2019 e 2022, traficado cocaína da América Latina, em contentores marítimos com fruta tropical e malas de viagem expedidas em aviões comerciais.
Na reta final do julgamento, a procuradora Júlia Henriques socorreu-se sobretudo de mensagens recolhidas em 2020 pelas autoridades francesas nos então desmantelados EncroChat e Sky CC para sustentar que ficou demonstrado que “Xuxas”, de 40 anos, era quem tinha “o poder de decisão” na rede e quem mantinha contactos com o major Sérgio Carvalho, considerado o “Escobar brasileiro”, bem como com elementos de organizações criminosas do Brasil e da Colômbia.