Como a sentença ainda não transitou em julgado, ministério atribuiu-lhe horário em escola de Famalicão.
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O professor de Educação Moral e Religiosa condenado a oito anos de prisão, por 62 crimes de abuso sexual de menores, pode estar de volta à escola. Fernando Silvestre acaba de ser colocado no Agrupamento de Escolas de Gondifelos, em Famalicão, a nove quilómetros da escola onde terão ocorrido os crimes, porque recorreu da sentença do Tribunal de Guimarães e a mesma ainda não transitou em julgado. O Ministério da Educação diz que nada pode fazer, apesar de o processo disciplinar estar por concluir há seis anos. Por agora, o docente está "de baixa", mas, a qualquer momento, pode regressar ao trabalho.
"O professor em questão encontra-se de baixa, pelo que não há qualquer contacto com alunos", respondeu ontem, ao JN, o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI). Este lembra que, a 3 de outubro de 2024, o Tribunal de Guimarães condenou Fernando Silvestre por 62 crimes de abuso sexual de 15 alunas da Escola Secundária Camilo Castelo Branco. A sentença decreta ainda a proibição, por uma década, do exercício da profissão e de funções ou atividades que envolvam o contacto com menores. Mas, Fernando Silvestre recorreu e, volvido quase um ano, o recurso aguarda decisão do Tribunal da Relação.